terça-feira, 27 de julho de 2010

Estado já pagou mais de R$ 1,1 mi para guardar vagões


27/7/2010
A Tarde - BA 

Os gastos do governo estadual com a guarda dos trens do metrô, obra que se arrasta há uma década, já ultrapassam R$ 1,1 milhão. Sinalização de que os trens iriam entrar nos trilhos foi dada semana passada, quando a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Setin) marcou entrevista coletiva para a segunda-feira, 27, anunciando os testes com os trens e o cronograma da conclusão das obras. Porém, a coletiva foi desmarcada, sob a justificativa de “falta de agenda” dos representantes do Estado, que também devem participar.

Procurado na segunda pela manhã, o titular da Setin, Euvaldo Jorge, informou por meio da assessoria de imprensa, que não se pronunciará antes da coletiva, justificativa igual à apresentada por integrantes do governo do Estado.

Segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), os gastos, até março deste ano, somente com o armazenamento dos vagões, somam R$ 1.177.606,37. A despesa gira em torno de R$ 100 mil por mês, incluindo aluguel do galpão da Estação Aduaneira do Interior (Eadi), no Centro Industrial de Aratu, (Simões Filho, Grande Salvador), e de toldos. Com estes últimos foram pagos, até março deste ano, R$ 54,5 mil. São seis composições, que custaram US$ 50 milhões. Três chegaram em 7 de novembro de 2008 e outras três, em 19 de janeiro de 2009.

A estimativa é que em uma ou duas semanas os trens sejam colocados nos trilhos para os primeiros testes. Semana passada, uma vistoria verificou o estado de conservação das unidades.

Para a professora Cira Souza Pitombo, da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o maior entrave é a falta de empresas interessadas na operacionalização.

Cira, que fez uma análise do impacto do metrô para a cidade, explica que o trajeto de apenas 6 km torna o negócio não lucrativo: “Quem vai querer operacionalizar esse elefante-branco? Se não for subsidiada, a tarifa fica entre R$ 10 e R$ 15”.

A especialista também não está muito otimista quanto à previsão de que o metrô de Salvador vá amenizar o trânsito: “A facilidade de compra fez com que muitas pessoas migrassem do ônibus para carros e motos. E 6 km não vão tirar quem anda de carro para usar metrô”.

CPI - Nesta quarta-feira, 28, está marcada mais uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do metrô, na Assembleia Legislativa. As reuniões deveriam ocorrer às quartas mas há dois meses são abertas pelo presidente, Álvaro Gomes (PC do B), e encerradas em seguida, sem quórum.

sábado, 24 de julho de 2010

Metrô finalmente deve entrar nos trilhos


Publicada: 23/07/2010 18:49| Atualizada: 23/07/2010 18:49  Tribuna da Bahia
Thiago Pereira



Após 11 anos de obras e inúmeros atrasos, o metrô de Salvador deve finalmente começar a operar a partir das próximas semanas. Segundo aassessoria de imprensa da prefeitura da capital baiana, o único empecilho para que os vagões entrem efetivamente nos trilhos para uma fase de testes é a liberação de um documento pelo Governo do Estado, o que deve ocorrer até a próxima quarta-feira (28).
Na segunda-feira (26), o secretário municipal de Transportes e Infraestrutura, Euvaldo Jorge, deve prestar uma entrevista coletiva sobre o assunto. A expectativa inicial é de que os trens comecem a circular efetivamente pela cidade em até 15 dias. A fase de testes e ajustes deve durar aproximadamente seis meses. O metrô, portanto, seria aberto ao público no início de 2011.
No mês de maio deste ano, em visita às obras do metrô, Euvaldo Jorge afirmou que os trens seriam colocados nos trilhos em até oito meses, ou seja, no início de 2011. “Finalizados as obras até o final de setembro, começam as fases de revisão dos trens, montagem, testes operacionais e capacitação dos profissionais, há ainda estudos referentes à avaliação comercial e redimensionamento da frota de ônibus”, destacou o secretário na ocasião.
No projeto inicial, o metrô de Salvador possuía 12 quilômetros, indo da Estação da Lapa á Pirajá. O Governo Federal, no entanto, dividiu a obra em duas etapas (trecho Lapa/Acesso Norte e Acesso Norte/Pirajá). Apesar de menor do que o plano inicial, os custos do metrô praticamente dobraram. De R$ 543,3 milhões, a obra superou a casa do R$ 1 bilhão, aumento gerado, principalmente, em decorrências de alterações do projeto e do não cumprimento do cronograma.
Publicada: 23/07/2010 18:49| Atualizada: 23/07/2010 18:49