quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Primeiro trecho do metrô fica pronto este mês

21/10/2010 - Tribuna da Bahia

Até o final do mês já estará pronta a eletrificação da segunda linha do Metrô de Salvador, já que a primeira das duas existentes já foi concluída que é o trecho do lado direito, no sentido Lapa – Acesso Norte. A informação foi prestada pelo secretário municipal de Transportes e Infraestrutura (Setin) Euvaldo Jorge, que evita marcar datas para a inauguração. As linhas poderão ser usadas nos dois sentidos, quando o metrô estiver funcionando.

De acordo ainda com o secretário, com as linhas energizadas, os testes dos trens podem começar. A previsão é de que estes testes durem no mínimo seis meses e meio, ou seja, andar de metrô mesmo só a partir de abril de 2011. “Estamos fazendo um esforço tremendo para o metrô funcionar o mais rápido possível. O prefeito quer inaugurar o metrô e entregar à população”, garante Jorge.

Os quatro trens do metrô serão movidos a energia elétrica, produzida por uma subestação instalada na Avenida Bonocô. Cada um possui seis vagões e só podem ser testados corretamente sob a tensão de três mil volts em corrente direta. Primeiro serão conferidos sistemas como a abertura das portas, iluminação e ar-condicionado, por exemplo.

Só depois os trens serão testados em movimento, primeiro sem passageiros (a direção é controlada por computador) e depois em testes com pessoas. Nos testes sem passageiros são colocados pesos artificiais para simular a lotação do trem.

O secretário da Setin explicou que antes de ser iniciado os testes, cada um dos 24 vagões passará por uma “reabilitação”, para detectar se o tempo em que ficaram parados, durante um ano e nove meses num armazém no CIA, causou algum dano aos equipamentos. A inspeção prévia ao início dos testes foi uma exigência das empresas fabricante e fornecedora dos trens, a coreana Rotem e a japonesa Mitsui.

Custos operacionais avaliados

Em relação aos custos operacionais do metrô, o presidente da Companhia de Transportes de Salvador (CTS), Herbert Mota, afirma que os estudos ainda não estão concluídos e tem sido alvo de constantes reavalições; tendo em vista o grande número de variáveis ainda a serem consolidadas e discutidas com os diversos integrantes do processo operacional(Setin, CTS, Cptm, Vicoufer dentre outros) e que estes dados estarão mais evidenciados a partir de jan/fev de 2011.

Questionado sobre como deveria ser o valor da tarifa para cobrir totalmente os custos de operação, Mota adiantou que nos sistemas de transporte em qualquer lugar do mundo a tarifa não é vista apenas como o resultado de uma simples conta aritmética, também não é um mero cálculo econômico da relação custo/nº de passageiro, como alguém menos informado possa imaginar, a tarifa é fruto de estudos complexos; em que são levados em conta diversos fatores e principalmente precisa ser observada do ponto de vista social, levando-se sempre em conta o interesse da população.

Para o presidente da CTS, o gestor deverá, sempre com o foco maior no interesse público; observar o conjunto dos modais de transporte de uma cidade, e de forma equilibrada e eficiente; visando à mobilidade, o conforto e a melhor economicidade; utilizar-se dos recursos técnicos disponíveis para construir uma modelagem matemática que permita a integração intermodal, garantindo ao usuário um valor de bilhete justo compatível com o viés de integração.

Com o metrô não deverá acontecer algo muito diferente disso ou seja o preço do bilhete deverá ficar próximo ao do BRT e ônibus; modais estes que deverão ser integrados.

Mota adianta ainda estudos preliminares relacionados com a quantidade estimada de passageiros transportados por dia pelo metrô indicam que poderá transportar com folga e conforto todos os passageiros definidos para o carregamento originalmente previsto; num primeiro momento apenas com a integração com ônibus no Acesso Norte e posteriormente todo o carregamento dos BRT‘s com integração no Acesso Norte e Retiro.

“Em números redondos, considerando um padrão de conforto metade do máximo permitido pelas normas internacionais para sistemas metropolitanos de transporte sobre trilhos; a oferta de lugares previstos para o primeiro momento será de 10.000/15.000 passageiros/hora/pico; considerando uma jornada de 10 horas diárias teríamos uma oferta de lugares de algo como 100.000/150.000 passageiros/dia; o tempo de viagem previsto para o trecho Acesso Norte/Lapa é de 12 minutos e o intervalo entre trens está previsto em 6 minutos; considerando a utilização de quatro composições com quatro vagões cada.

O sistema poderá ampliar a oferta se necessário, no entanto o que os estudos indicam é que só será necessário à medida que forem sendo implantadas as estações do Tramo 2 (Retiro, Juá, Pirajá) o que irá permitindo novos carregamentos integrados com o sistema de ônibus e BRT”, explicou

Ele informou ainda que o estudo sobre o replanilhamento dos preços do metrô está em andamento com sua conclusão prevista conforme Plano de Trabalho para março de 2011.


domingo, 17 de outubro de 2010

Entrando nos trilhos?

14/10/10 - Tribuna da Bahia 

A energização do metrô de Salvador deve ficar pronta até novembro. A previsão é da Secretaria de Transportes e Infraestrutura da prefeitura (Setin). A implantação das instalações elétricas foi dividida em dois lados (direito e esquerdo). Um já foi concluído, faltando apenas finalizar o segundo. O abertura do serviço ao usuário permanece o primeiro semestre de 2011, em dia e mês a ser definido conjuntamente por Município, Estado e Governo Federal.

Segundo a assessoria da Setin, a data definitiva ainda não pode ser precisada pois vai depender do resultados dos testes. Em agosto - quando recebeu do ministro das Cidades, Márcio Fortes, a chave única que abre os 24 vagões do metrô - o prefeito João Henrique Carneiro falou à Tribuna da Bahia que toda a fase de experimentos deve durar cerca de 10 meses. Ou seja, a entrada em funcionamento deve ocorrer em junho.

Os testes estão sendo feitos pela prefeitura, Siemens e a empresa sul-coreana que fabricou os vagões. Com a linha “viva”, isto é toda eletrificada, vão ser avaliados todas as operações das estações e os veículos. Entre janeiro e fevereiro estão previstos os testes dinâmicos, com veículos em movimento. O treinamento de pessoal deve acontecer a partir de março. Quando entrar em operação, o metrô transportará 20 mil pessoas por dia, num trecho inicial de pouco mais de seis quilômetros.

Prometido em quatro eleições para prefeito – duas por meio do ex-prefeito e o hoje deputado federal eleito Antônio Imbassahy e duas com o atual gestor -, a obra física do primeiro trecho do metrô foi dada como finalizada este ano. Em agosto, os seis trens adquiridos pelo Governo do Estado saíram dos galpões onde ficaram armazenados por dois anos e entraram literalmente nos trilhos.

O metrô da capital baiana começou a ser construído no final de 1999, com previsão de entrega em 2003. Denúncias do Tribunal de Contas da União e problemas no repasse federal atrasaram o projeto. Entre 2002 e 2006, a obra ficou praticamente paralisada. Em seguida, foi anunciada para março e julho de 2007, março, agosto e dezembro de 2008, junho, julho e outubro de 2009 e setembro de 2010.

Gestão do serviço – Em Paralelo à fase experimental, outro debate envolve o imbróglio do metrô: a gestão do serviço. “Os principais candidatos a governador defenderam a estadualização do metrô. Agora a gestão é com o governo do estado”, brincou uma fonte ligada à prefeitura. Reeleito no pleito, o governador Jaques Wagner reafirmou o compromisso, através de sua assessoria. A discussão interna no Executivo estadual envolve ainda as secretarias do Planejamento e de Desenvolvimento Urbano.

Um dos motivadores da estadualização é o subsídio à tarifa, estimada em torno de R$ 15. O governador quer envolver a União na resolução do problema. “O Governo do Estado não tem recursos para arcar com este subsídio sozinho, muito menos a prefeitura”, argumentou a assessoria do governador. O compromisso do Município é uma tarifa ao público no máximo igual à passagem de ônibus.

A estadualização envolveria ainda outras ações. Entre elas, a conclusão da segunda metade dos 12,5 quilômetros do metrô previstas no projeto inicial. Outra proposta é a interligação com o Sistema Metropolitano de Transportes (ônibus, trens do Subúrbio e o BRT – obra prevista na preparação para a Copa 2014, interligando o aeroporto ao centro de Salvador), tanto na operação como na tarifação. O governo baiano estuda ainda promover novas mudanças no Sistema Metropolitano, como a transferência da Rodoviária, numa negociação com a Sinart, concessionária que opera o equipamento.


Termina eletrificação da primeira linha do metrô de Salvador

16/10/2010 - A Tarde - Felipe Amorim - Eduardo Martins

Vista aérea das pistas do metrô na Avenida Bonocô
Vista aérea das pistas do metrô na Avenida Bonocô

A eletrificação de uma das duas linhas do metrô de Salvador já está pronta, e a segunda linha tem previsão de ser concluída até o final deste mês. Quem informa é o secretário municipal deTransportes e Infraestrutura (Setin) Euvaldo Jorge, que evita marcar datas para a inauguração. O trecho já concluído é o do lado direito, no sentido Lapa – Acesso Norte. As linhas poderão ser usadas nos dois sentidos, quando o metrô estiver funcionando.

Com as linhas do metrô energizadas, os testes dos trens podem começar. Eles têm previsão para durar no mínimo seis meses e meio, ou seja, andar de metrô mesmo só a partir de abril de 2011. “Estamos fazendo um esforço tremendo para o metrô funcionar o mais rápido possível. O prefeito quer inaugurar o metrô e entregar à população”, garante Jorge.

Movidos a energia elétrica, produzida por uma subestação instalada na Avenida Bonocô, os quatro trens do metrô, cada um com seis vagões, só podem ser testados corretamente sob a tensão de três mil volts em corrente direta. Primeiro serão conferidos sistemas como a abertura das portas, iluminação e ar-condicionado, por exemplo. Só depois os trens serão testados em movimento, primeiro sem passageiros (a direção é controlada porcomputador) e depois em testes com pessoas. Nos testes sem passageiros são colocados pesos artificiais para simular a lotação do trem.

Segundo o secretário Euvaldo Jorge, antes de ser iniciado os testes, cada um dos 24 vagões passará por uma “reabilitação”, para detectar se o tempo em que ficaram parados, durante um ano e nove meses num armazém no CIA, causou algum dano aos equipamentos. A inspeção prévia ao início dos testes foi uma exigência das empresasfabricante e fornecedora dos trens, a coreana Rotem e a japonesa Mitsui.