sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Atraso em votação na Câmara põe em risco R$ 1 bilhão para metrô na BA

30/12/2011 - Correio da Bahia

Vereadores governistas dizem que ainda não chegaram a um entendimento se votarão contra ou a favor

Por Florence Perez

A falta de consenso entre as bancadas de oposição e governo adiou a votação, na Câmara Municipal de Salvador, da Lei de Ordenamento do Uso do Solo (Lous), da retirada do poder de decisão do Conselho da Cidade, da regulamentação das Áreas de Preservação Cultura e Paisagística (APCPs) e do projeto de mobilidade urbana na avenida Paralela.

A votação estava marcada para quarta-feira à tarde. Se o projeto do metrô na Paralela não fosse votado até ontem, o estado perde R$ 1 bilhão do PAC da Mobilidade.

Vereadores governistas dizem que ainda não chegaram a um entendimento se votarão contra ou a favor. “O único ponto que chegamos a um acordo foi aprovar uma emenda que garante o direito dos deficientes”, diz o vereador Jorge Jambeiro (PP), presidente da Comissão de Transportes na Câmara. Nos bastidores, comentou-se que a falta de união na base do governo fez Téo Senna (PTC) entregar o cargo de líder ontem e depois voltar atrás.

“Acredito que o prefeito o chamou e Téo refletiu que não era o momento de se afastar", disse Alcindo Anunciação (PT). Téo Senna nega. “Isso nunca aconteceu”. 

Anunciação responsabiliza a falta de articulação entre a prefeitura e sua bancada pelo atraso na votação. “O chefe da Casa Civil, João Leão, deveria articular os interesses de estado e prefeito e organizar a base. Mas esse meio de campo é ruim”, opina.

Outra desavença é em relação à Lous. O projeto é de interesse da prefeitura, mas a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) garante que a maioria da oposição votará contra. “Tivemos pouco tempo para analisar a Lous. É um projeto importantíssimo para a cidade e deve ser bem estudado. Acho que a mobilidade urbana deve ser votada logo por causa do prazo do governo federal e o resto com mais calma”, disse.

Alguns vereadores garantem que a aprovação da Lous será utilizada como moeda de troca pela aprovação do metrô da Paralela.

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